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Por Edison d'Ávila -

Ariribá, Canhanduba, Itaipava: nomes Tupis em Itajaí


Ariribá, Canhanduba, Itaipava: nomes Tupis em Itajaí

A grande maioria, daqueles que gostam de temas da história do município,  tem grande interesse pela explicação mais acertada do significado do nome Itajaí.  Foram os índios falantes do tupi-guarani que criaram o nome e o deram ao rio Itajaí-açu, donde vem o nome da cidade.

Todavia, esse não é, na geografia do município,  o único nome de origem indígena. Três outros têm a mesma proveniência: Ariribá, Canhanduba e Itaipava. Haverá sempre certa dificuldade em traduzir o significado de tais nomes, porque a língua ágrafa dos tupis-guaranis gerou muitas incorreções na sua transcrição para o português.

Ariribá é uma região do bairro Praia Brava e nome do riacho que faz a divisa entre os municípios de Itajaí e Balneário Camboriú, na parte sul da cidade. Lugar antigo que no século XIX se ligava por velho caminho no vale entre montanhas com a localidade de Canhanduba, na Estrada de Brusque. A origem do nome do lugar certamente esteve ligada à existência da árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica,  madeira de grande qualidade, chamada de ariribá ou araribá, cuja casca grossa era usada pelos índios em tinturaria. O seu significado, segundo estudiosos, é árvore da arara, visto que os frutos dessa leguminosa são muito apreciados pelas araras.

Canhanduba, localidade da zona rural a sudoeste do município, para o significado de seu nome teve esta explicação dada pelo médico Norberto Bachmann, estudioso da língua tupi-guarani, em artigo publicado no Jornal do Povo, em fevereiro de 1948: “Entre as localidades Carvalho e Itaipava, na mesma estrada, desmembra-se um caminho vicinal que ladeando o rio Canhanduba ou Conceição, se dirige ao povoado Canhanduba. Este termo se divide em caá, mata, em anha, cortado, mais a partícula duva, derivada de tuba, tiba, significa, portanto, abundância, grande quantidade de mato cortado. Há quem dê a anha a interpretação de anhã, diabo, assim sendo, teríamos, lugar onde há muitos diabos no mato”.

Nos limites entre as áreas urbana e rural, a oeste do município se encontra o bairro de Itaipava. O bairro começou a se desenvolver a partir do surgimento de olarias na região no final do século XIX, aproveitando-se do barro liguento, nome popular da argila plástica, muito existente nas terras baixas ou de várzea da região, material apropriado para o fabrico de tijolos e telhas.

O nome Itaipava, segundo entendidos, compõe-se de ita, pedra, y, água ou rio, e paba, termina. Portanto, pedra que interrompe ou atravessa o rio. De fato, nessa região há uma grande laje de pedra que atravessa toda a largura do rio Itajaí-mirim.

Quem for pela antiga estrada do Tatu, hoje, rua Ari Zermiani, sobre a ponte que atravessa o rio, na baixa-mar ou maré baixa, verá aparecendo à direita a grande pedra a que os índios chamavam de Itaipava e que deu nome à localidade.


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