Colunas


Coluna Exitus na Política

Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Soldados sem cabeça,  armados


Vivemos grudados no passado, ante toda trajetória pessoal e, como roteiro cinematográfico, pelos depoimentos dos depoimentos da história social, da cadeia política, dos desafios econômicos, das fissuras culturais. Tudo junto e confuso, apenas separados como categoria analítica.

Em todas as guerras e confrontos, a despeito de atrocidades e mortes, sortilégios e tramas, sortílegos e bruxos, é fácil perder a racionalidade argumentativa e se perder no heroísmo do combate, o senso de responsabilidade com os outros. Tomados por forças internas, revolvidas nas entranhas, voltadas à revolta pelo ódio e à conquista pelo triunfo das armas, os “soldados” recebem o caminho e a missão dos superiores. Fabricados em mesas de trabalho, os “soldados” são colocados em guerra pela chance de medalhas, de celebração de heroísmos recauchutantes.

Eliminar o adversário, colocá-lo ao chão, com olhos parados, corpo frio, sangue enrijecido, torna o impulso vital do tiro no peito o fervor da missão cumprida. “Soldado” não pensa, não ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

Em todas as guerras e confrontos, a despeito de atrocidades e mortes, sortilégios e tramas, sortílegos e bruxos, é fácil perder a racionalidade argumentativa e se perder no heroísmo do combate, o senso de responsabilidade com os outros. Tomados por forças internas, revolvidas nas entranhas, voltadas à revolta pelo ódio e à conquista pelo triunfo das armas, os “soldados” recebem o caminho e a missão dos superiores. Fabricados em mesas de trabalho, os “soldados” são colocados em guerra pela chance de medalhas, de celebração de heroísmos recauchutantes.

Eliminar o adversário, colocá-lo ao chão, com olhos parados, corpo frio, sangue enrijecido, torna o impulso vital do tiro no peito o fervor da missão cumprida. “Soldado” não pensa, não pode pensar! Tem que defender a “pátria”, a “mátria”, a casa e os postos dos “superiores”. “Soldado” precisa de combate para frisar sua missão. Em países marcados pelo subdesenvolvimento democrático, a política é a exasperação da guerra como tragédia e como farsa.

Em circunstâncias históricas a eleição não é a escolha de alguém, mas a negação do seu concorrente, adversário, inimigo. Eleições, como fulgor ou relâmpago, não combinam voto e futuro, mas rebelião e passado. Voto e eleição tornam-se guerras. Não se sabe no que vai ser e no que vai dar, posto que a seleção e escrutínio dão-se por negação, revolta, traição. Após isso, os dias de amanhã só podem ser mostrados pelo espelho do passado.

Alojado o monstro dentro do palácio, conviver com ele é um desafio diário, temeroso e ameaçador. Na familiaridade cotidiana com a tragédia, as aventuras da farsa e das mentiras e das manipulações encontram as condições propícias para explodir como bombas. Alojado o monstro no palácio, já que está ali e ali estará, não cabe mais a vergonha e o escrúpulo, a racionalidade e compreensão dos fatos, o argumento e a história pela realidade das coisas. Com medo da própria culpa pela morte alojada na arma do “soldado”, o remorso, a farsa, a mentira fabricada, a falsidade, as manipulações, o arroto e o vômito, se transferem ao opositor.

Parar de pensar e alvejar o adversário-alvo é o principal “treinamento” e “heroísmo” do “soldado” sedento pela medalha. Reconhecimento forjado que esconderá o infortúnio de sua “missão encomendada”, fundida por sua intolerância, preconceito, machismo, homofobia, ignorância política, insensatez, desconhecimento sobre sua própria história e sobre a história que envolve sua vida social e seu organismo vivo.

A Política, em países de baixo desenvolvimento democrático, acaba e permanece, por tempos corrosivos, como a arte da guerra e seus assombros. Outrora, em outros lugares, a Política fora a Arte da Esperança. Voto serve, aqui embaixo, como arma, pouco ou nada de esperança. Para a linha do Sul cabe a condição de que “A História se repete, a primeira como tragédia, a segunda como farsa”. É necessário mais do que eleições para mudar a política brasileira!


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

TV DIARINHO


🚒🚧 TRÂNSITO CAÓTICO! Feriado virou pesadelo pra quem pegou a BR 101 nesta sexta! Um carro pegou fogo ...




Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

Brigada indígena voluntária combate incêndios sem apoio de autoridades no Pará

BRASiL

Brigada indígena voluntária combate incêndios sem apoio de autoridades no Pará

Garimpo ilegal migra na Amazônia e dispara na TI Sararé (MT), alerta Greenpeace

INVESTIGAÇÃO

Garimpo ilegal migra na Amazônia e dispara na TI Sararé (MT), alerta Greenpeace

Presidente do Equador é dono de empresa sócia de exportadora ligada a narcotráfico

flagrante

Presidente do Equador é dono de empresa sócia de exportadora ligada a narcotráfico

O que acontece com militares se condenados pelo golpe?

Expulsão, honra, pensões?

O que acontece com militares se condenados pelo golpe?

O arcebispo que via Deus no carnaval do povo

Dom Hélder Câmara:

O arcebispo que via Deus no carnaval do povo



Colunistas

O Brasil no Vaticano

Coluna Esplanada

O Brasil no Vaticano

Morre Papa Francisco

Charge do Dia

Morre Papa Francisco

Mobilização por uma saída para o Morro dos Cavalos

Coluna Acontece SC

Mobilização por uma saída para o Morro dos Cavalos

Décio Lima processa o JC

JotaCê

Décio Lima processa o JC

Viva a Taís!

Coluna do Ton

Viva a Taís!




Blogs

Muito Além da Balança: Desinflamar, Nutrir e Curar

Espaço Saúde

Muito Além da Balança: Desinflamar, Nutrir e Curar

Energisa Búzios Sailing Week define campeões de 2025 em dia de vento forte

A bordo do esporte

Energisa Búzios Sailing Week define campeões de 2025 em dia de vento forte

Cadê?

Blog do JC

Cadê?






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.