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Coluna Exitus na Política

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Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

A liberdade do astronauta


A vida em sociedade não tem sido nada fácil. A ausência de regulação dos comportamentos sociais por instituições tem gerado tempos difíceis. Nas telas das redes sociais e no espaço sideral da internet cada um é dono de tudo, capaz de toda e qualquer opinião violenta, desafiador de todas as coisas. Basta não aceitar sua opinião e tudo pode se tornar caótico. Não precisamos mais de argumentos para falar sobre as coisas, mas de vontades pessoais, tal como crianças que ainda não completaram o processo de socialização. Nítani era um desses seres tão comuns hoje em dia.

Para Nítani a liberdade era exatamente igual sua vontade. E isso, por si mesmo, era um transtorno psíquico. Liberdade era fazer o que queria, quando queria e pelos impulsos humanos que lhe provia. A liberdade de Nítani passava por caminhos de “escravidão” para os que estavam envolvidos em sua vida social.

Pronto para uma luta, disposto ao conflito, desejoso para qualquer confronto, colocava o mundo a partir de seus sentimentos. As instituições sociais não existiam para Nítani. As regras ...

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Para Nítani a liberdade era exatamente igual sua vontade. E isso, por si mesmo, era um transtorno psíquico. Liberdade era fazer o que queria, quando queria e pelos impulsos humanos que lhe provia. A liberdade de Nítani passava por caminhos de “escravidão” para os que estavam envolvidos em sua vida social.

Pronto para uma luta, disposto ao conflito, desejoso para qualquer confronto, colocava o mundo a partir de seus sentimentos. As instituições sociais não existiam para Nítani. As regras só poderiam se converter em seus desejos ou ser sua própria vontade. Nítani era um ser socialmente imaturo, psicologicamente transtornado. Para seus erros fabricava um mundo paralelo; para suas pressões, tomava os mais próximos para culpa; para os problemas, os gritos!

Nítani resolveu suas dificuldades quando se tornou astronauta. Ficou feliz por estar entre os escolhidos e se tornou socialmente dócil. Passou a destacar sua vitória, e até mesmo, vaidoso, agradeceu de forma genérica para poucos que lhe estenderam as mãos quando foi preciso. Agora, conquistador, deixou de lutar, confrontar e entrar em “guerra” com os outros. Mais uma vez, Nítani demonstrava-se como um ser socialmente imaturo, psicologicamente transtornado: tudo era porque Nítani se sentia melhor do que os outros!

Quando entrou no foguete-lançador percebera que estava sem acompanhantes. Temeu quando deu o primeiro passo. Estava inseguro pois entraria em um novo mundo. Por um lado, aceitou que, a partir do momento que entrasse no ambiente de voo, estaria nas condições que sempre quis: suas escolhas seriam exatamente aquilo que desejava; suas ideias não sofreriam críticas; suas vontades teriam plenitude. O mundo a ser vivido era o mundo no qual queria viver.

Já no espaço, sem comunicação com o planeta de origem, viu que sua vontade já não tinha “escravos” para a obediência, bajuladores para a concordância, temerosos para a conformação. A liberdade que sonhara, plena e irrestrita, somente poderia acontecer quando Nítani estivesse isolado, num mundo sem os “outros” que poderiam discordar. Ou num mundo que Nítani pudesse “desligar” ou que discordantes pudessem ser “bloqueados”. Nítani era um ser socialmente imaturo, psicologicamente transtornado e politicamente autoritário.

Nítani não suportava mais a si mesmo e desejara voltar para o planeta. Naquele ano teria eleições e ele queria votar. Havia esperanças: no espaço sideral enfrentara sua própria escuridão para perceber um pouco de luz. Em feixes luminosos entendera que a liberdade não é vontade, mas relação e que há sempre um outro. A liberdade é do tamanho do outro. A liberdade de um não poderá ser uma relação com “Alexia”.


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