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Coluna Exitus na Política

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Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

O medo e a vulgaridade


O Populismo precisa ser vulgar! Com um conjunto de aspirações emocionais disponíveis no “mercado político”, o Populismo conduz as pessoas aos sentimentos frequentes de consumidores com suas carteiras de fragilidades e suas moedas de fraqueza. O Populismo precisa ser vulgar e foge correndo da cidadania como um menino assustado no escuro do quarto, rodeado de fantasmas que ele mesmo criou!

O Populismo conforta o POVO como um agregado homogêneo e uniforme e de onde brotam valores positivos e permanentes. É no POVO que reside a legitimidade do poder. A relação entre líderes e POVO é direta, sem intermediários, sem imprensa, sem controvérsias. Se ocorre algum ruído entre líder e povo, se alguma pergunta indesejada é colocada como confronto, então o líder se predispõe ao ataque. No Populismo é necessário concordância irrefletida, aceitação dócil e servilidade espontânea. Assim, o POVO é uma massa!

Para se pertencer ao POVO não são necessários atributos sociais, econômicos ou profissionais. Recorre-se a incrementos emocionais generalizantes e à mutilação dos conceitos e dos fatos ...

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O Populismo conforta o POVO como um agregado homogêneo e uniforme e de onde brotam valores positivos e permanentes. É no POVO que reside a legitimidade do poder. A relação entre líderes e POVO é direta, sem intermediários, sem imprensa, sem controvérsias. Se ocorre algum ruído entre líder e povo, se alguma pergunta indesejada é colocada como confronto, então o líder se predispõe ao ataque. No Populismo é necessário concordância irrefletida, aceitação dócil e servilidade espontânea. Assim, o POVO é uma massa!

Para se pertencer ao POVO não são necessários atributos sociais, econômicos ou profissionais. Recorre-se a incrementos emocionais generalizantes e à mutilação dos conceitos e dos fatos: basta ser “descamisado”, “contra Partido A ou B”, defensor de Religiosidade. Na outra esquina, a argamassa POVO é nutrida pelo medo e ódio, e qualquer dispositivo anticonservadorismo é apontado como ameaça: artistas, jornalistas, críticos literários, e os que se colocam em diversidade social são observados como “germes e parasitas”.

Como vulgar, o Populismo não preserva limites. Deus é um atributo político que se encarna como a bondade em corpo humano e que legitima a luta e a disputa contra os amaldiçoados contrários. “Guerras Santas” políticas são ovacionadas como pautas de conflitos. O ensurdecedor grito acusatório, a revelação dos maus e a fúria em nome da purificação provoca a máquina do tempo a transportar os envolvidos para a Idade Média e as Inquisições.

A racionalidade lógica perde a condição de existir em nome dos propósitos da espécie pura, livre das tormentas da democracia e da necessidade de entender a divergência como crescimento. Ao invés de tudo isso, o medo do menino no quarto escuro o faz gritar e espancar a escuridão. Escuridão que estraçalha sua mente de neurônios trêmulos. Já não se pensa porque o medo tira a reação refletida do corpo e o carrega com a energia do instinto insano.

Criado o medo, o Populismo se projeta Salvador e Messiânico em sua forma de agir. Procura, em formulações carismáticas, a preservação da “raça pura” e a expulsão do sistema político e da vida social o que trata como “germes parasitários da crueza humana”. Esse “corpo estranho” da maldade seria o “reflexo da luz demoníaca” e não poderá sobreviver. Precisa ser derrotado e acabado e aniquilado. O Populismo é vulgar e precisa do instinto feroz da revolta sangrenta.

A Política, outrora, foi a Arte da Esperança! É por isso que o principal patrimônio de candidatos é a Promessa e a Cura. Não como Jesus prometeu, mas como os humanos são incapazes de operar seus limites humanos. Alguns transcendem e como Salvador, iniciam suas tentativas de “coleta de votos” pela mentira e pelo medo.

A Democracia e a Cidadania não são convidadas para a festa porque exigem tolerância! O Populismo é vulgar! Tem que ser vulgar! É autoritário e ditador! Grita, esperneia e arranja culpados para a incapacidade humana de lidar com os outros.


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