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Por Edison d'Ávila -

Outro nome para o Teatro Municipal de Itajaí?


Outro nome para o Teatro Municipal de Itajaí?
(foto: Arquivo PMI)

Correu notícia semana passada que o executivo municipal encaminhou à Câmara de Vereadores projeto de lei dando outro nome ao Teatro Municipal de Itajaí. A notícia surpreendeu a muitos, porque o Teatro Municipal de Itajaí é assim denominado por consenso e bom senso,  e por lei.

Consenso e bom senso,  porque se quis na época dar ao teatro da cidade um nome que agregasse qualidade e respeitabilidade, como os são os nomes do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e do Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo. E que prestasse homenagem a Itajaí, nome da cidade, a herança mais cara e  antiga  deixada pelos antepassados. E também legítimo patrimônio da cultura dos primeiros donos destas terras, que foram os indígenas carijós. Retirar o nome Itajaí desse espaço cultural será agora um desapreço e desrespeito ao nome que identifica a terra e o povo daqui. Que outro nome tem maior relevância social, cultural e histórica que o nome Itajaí?

A construção do Teatro Municipal de Itajaí teve início após a campanha pública encetada a partir de 1994 pelos grupos teatrais, sob o mote: “Itajaí tem talentos, mas não tem teatro”. Então ...

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Consenso e bom senso,  porque se quis na época dar ao teatro da cidade um nome que agregasse qualidade e respeitabilidade, como os são os nomes do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e do Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo. E que prestasse homenagem a Itajaí, nome da cidade, a herança mais cara e  antiga  deixada pelos antepassados. E também legítimo patrimônio da cultura dos primeiros donos destas terras, que foram os indígenas carijós. Retirar o nome Itajaí desse espaço cultural será agora um desapreço e desrespeito ao nome que identifica a terra e o povo daqui. Que outro nome tem maior relevância social, cultural e histórica que o nome Itajaí?

A construção do Teatro Municipal de Itajaí teve início após a campanha pública encetada a partir de 1994 pelos grupos teatrais, sob o mote: “Itajaí tem talentos, mas não tem teatro”. Então, a administração municipal decidiu atender o reclame dos grupos de teatro  e muito bem acolhido por todos.

Todavia, levantadas as paredes da construção e coberto com telhas metálicas, a obra parou e não foi mais adiante. Após a mudança do governo municipal, em 1997, ao se querer reiniciar a obra, ficou-se sabendo a razão de ela ter parado. A obra fora iniciada sem projeto técnico apropriado e os problemas daí advindos  inviabilizavam a continuidade da obra.

A  construção teve que recomeçar do zero. Dois arquitetos especializados tiveram que ser contratados pelo município. Cerca de 12 impropriedades técnicas, algumas   erros crassos, tiveram que ser corrigidas no novo projeto. Cobertura metálica, dimensão da plateia,  visibilidade do palco, projeto de maquinaria, de iluminação, tratamento acústico e tantas outras questões foram agora tratadas com o conhecimento de quem tinha experiência; que o arquiteto que iniciara a obra não tinha nessa área.

Daí a razão porque não haver mérito nenhum em querer associar o nome do pretendido homenageado à construção do Teatro Municipal de Itajaí. Ele foi construído a partir do projeto dos dois arquitetos especializados, vindos de Curitiba e não do projeto equivocado de quem agora se quer homenagear. O Teatro se tornou realidade graças ao empenho do prefeito Jandir Bellini, da equipe da Fundação Cultural, cujo superintendente na ocasião era Guto Dalçoquio, e de grandes parceiros privados que alocaram valiosos recursos à obra inaugurada em 2004.

O ex-vereador e ex-secretário de Cultura e Esporte, Tito Arruda, merece ser homenageado sim, como têm sido tantos outros vereadores. Mas que se busque dar seu nome a algum logradouro público ou estabelecimento público municipal de Educação, de Esporte, de Turismo.

Ademais, se fosse para dar outro nome ao Teatro de Itajaí (o que não é o caso), dever-se-ia pensar nos nomes de Toni Cunha ou Max Reinert, consagrados atores e diretores teatrais contemporâneos; ou ainda de Manoel Marques Brandão, fundador do primeiro grupo de teatro da cidade, em 1897.

     


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