O homem e os guris

O homem e os guris

Depois do episódio dos triênios do magistério na semana que passou, muita gente ficou com a certeza de que a abertura da urna ano passado, em Itajaí, separou os homens dos guris. O problema é que além do “Guri do Povo” Osmar Teixeira (PSD) e outros derrotados que ficaram naturalmente na oposição, o prefeito Robison Coelho (PL) ainda tem que conviver com guris no seu próprio governo.

Peitou sozinho

O reconhecimento do triênio dos professores no dobro da porcentagem que todos os demais servidores recebem levaria a cidade à falência. Todo o dinheiro para investimento ou melhorias que a Itajaí precisa, teria que servir para pagar o passivo dos professores. Robison peitou sozinho a bronca. Os guris da oposição espernearam e os do governo abandonaram o prefeito.

O leviano

O Sancho Pança, Osmar Teixeira, que mal gerencia a própria vida, dependente do Zé Calo para pagar suas contas do dia a dia, foi leviano quando tratou do assunto. Se fosse prefeito, não teria outro caminho a seguir. Lógico que a Educação é importante, é claro que professor precisa ser valorizado, mas não às custas de todos os outros serviços públicos que atendem o povo, principalmente o mais pobre.

Os calados

Dentro dos guris que fazem parte do governo, o vice-prefeito papai sabe-tudo Rubens Angioletti (PL) e o secretário de comunicação Calebre, ops, Calebe Moreno, que assim como o Osmar só sabem noticiar tragédias ou notícias fantásticas, ficaram quietos em vez de se posicionarem junto com o prefeito. Espertos que chega a doer, eles não usam suas imagens para pautas que desgastam e deixaram Robison enfrentar sozinho o assunto.

Os esquecidos

Na oposição da piramidal, o trio de guris foi composto pelos vereadores que até ontem eram governo e ninguém tem dúvidas que estariam votando contra os 10% do triênio se o prefeito ainda fosse o barbudinho Volnei Morastoni (MDB). Aliás, o governo do barbudinho contestou na dona Justa o percentual em todas as instâncias. Ômega 3 para Hilda (PDT), Leandro do Nadar (MDB) e Bruno da Saúde (MDB) para ver se a memória melhora.

Os aproveitadores

Outro time de gente aproveitadora, agindo ou se omitindo, usou o episódio para tentar desgastar o prefeito. Não vi a minha ex-musa BBB, a Dom Quichata Anna Carolina (PSDB) se posicionar, nenhum outro secretário do paço foi pro front de guerra, abandonaram quem os emprega na caruda. Isso sem contar os Sodrés da vida. Todos, sem exceção, se estivessem com a caneta na mão fariam igual.

Divisor de águas

Se alguns acham que os 100 dias de mandato seria o divisor de águas para o governo engrenar, eu já acho que todo o debate sobre o triênio dos professores e como cada peça se comportou no cenário, deveriam ser usados por Robison para ser ainda mais homem, e dar um chega pra lá na gurizada sem responsabilidade e espírito de grupo que anda do seu lado só recebendo salários.

Chute na bunda

Ninguém contesta uma nota deste pançudinho que noticia o caos na Educação pexêra. Lá dentro tem o grupo da vice primeira dama, liderado pelo Ken; tem os remanescentes do PDT e tem o time do prefeito Robison. Todo mundo se matando, puxando pro seu lado e sisquecendo do que importa. Se continuar sendo homem, Robison dá um chute na bunda de quem sabota a pasta e monta o seu time 100% comprometido.

Saúde e Agricultura

Na Saúde e na Agricultura, outras pastas que têm influência do vice-prefeito, o caos transborda nos setores internos e administrativos e compromete os serviços prestados para a população. A Saúde tá virada num alho e não tem agricultor que enxergue na secretária de Agricultura algo de positivo. Tá na hora de ser homem por ali também e mostrar que quem manda é o prefeito, porque na primeira hora ruim todos vão te abandonar – e já provaram isso.

Só o bônus

Robison precisa de parceiros que estejam com ele na hora boa e na hora ruim. Parece isolado no poder, devedor de tudo e de todos. Mas o povo não tem culpa disso, se passar os quatro anos tendo que pagar compromisso não vai ter fôlego nem para colocar o nome para reeleição. Depois de 100 dias deu pra ver bem o que funciona e o que não funciona, e agora o governo é exclusivo do prefeito.

Ginásio Ivo Silveira

O governo do prefeito Robison Coelho já bateu o martelo e o Ivo Silveira, na Fazendinha, vai ser demolido e será construído um novo ginásio, impiçado e moderno, que vai atender à necessidade da população do bairro e da cidade. Positivo.

Maternidade

No caso da maternidade, foi um engodo que quiseram vender pra Itajaí; uma nova maternidade no antigo Vassourão, o São Vicente. Construir prédio é fácil, o difícil é o custeio que advém e, no caso, custaria entre 12 e 20 milhões de reais mês.

“Não se compare com ninguém neste mundo... Se você fizer isso, estará insultando a si mesmo” - Bill Gates

Tás tolo?!

E nenhuma cidade da região vai puxar no bolso, a não ser mandar as mamães terem seus rebentos na cidade. E o vereador Bruno da Saúde (MDB), o silencioso na gestão do prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB), fazendo vídeo pra lacrar. Ah, para, né?

Erro

A Maravilha do Atlântico que o diga. O homem pássaro, ex-prefeito Edson Piriquito (MDB), cometeu um erro crasso. E não foi por falta de aviso. Em vez de implementar 70% SUS e 30% particular pra equilibrar o custeio, não, tocou 100% SUS. O que aconteceu? Os municípios vizinhos só mandam as ambulâncias com pacientes...

Navega para o mundo!

O entisicado Liba Top, ops Liba Fronza (PSD), não para. O prefeito de Navega city participou de um megaevento com executivos, empresários e investidores de peso do setor logístico e industrial na terra da garoa, São Paulo. A intenção dele no encontro: divulgar o potencial da cidade para receber empreendimentos na área logística.

Pra quem pode

E não tá errado. Navegantes tem o segundo maior condomínio logístico do país e capacidade para abrigar muitos outros. Além da localização estratégica, perto da BR 101, porto e aeroporto disponíveis, bem como mão de obra de capacitada.

Único prefeito

Liba foi o único agente político entre os mais de 20 painelistas do evento chamado GRI Industrial & Logística 2025. O encontro com vários painéis e discussões é promovido pelo GRI Club, um grupo fechado de investidores com ramificações em outros países. Não basta querer, pra entrar nesse clube é preciso ter muito conhecimento e bala na agulha.

Protagonismo

O prefeito aproveitou o espaço para falar da relação porto-cidade existente em Navega e do potencial logístico do município. A presença num espaço altamente técnico e restrito a tomadores de decisão consolida Navegantes como um dos principais polos logísticos em ascensão do país, e Liba Fronza como um dos poucos líderes públicos a ocupar esse tipo de protagonismo no cenário nacional.

Ovo milionário

O vereador da galega Blumenau, Bruno Win (Novo), entrou com um requerimento na Câmara de Vereadores de Blu cobrando explicações da prefa de onde está a escultura de um ovo de 15 metros de altura, que em 2023 custou aos cofres públicos a dinheirama de R$ 322 mil.

Coelhinho da Páscoa

O ovo gigante empirulitou, digo, sumiu da decoração de Páscoa deste ano na terra da Oktoberfest. A promessa era de reutilização, mas até agora nada. O parlamentar quer saber onde tá o bendito ovo que ninguém sabe, ninguém viu...

A piada da semana

Definitivamente, os caras perderam completamente a noção. Acostumados a ver o povo lobotomizado pelas mídias sociais e a grande imprensa a serviço da Faria Lima e do sistema financeiro, o ex-presidente do Banco Central nos tempos do FHC, Armínio Fraga, defendeu nos States que o salário mínimo deveria ser congelado por seis anos. Cadeia é pouco.

O fim dos tempos

A fala de Fraga não vem do fato de ele ser um idiota, ao contrário, de idiota não tem nada, ele se prende na certeza de que idiotas somos nós. E de que não tem quem defenda o lado dos mais fracos no Brasil. E ele está certo. Porque não tem mesmo!

Prigunta de um milhão

Qual político brasileiro foi pra tribuna mandar esse tal de Armínio Fraga pra pqp? Nenhum. Os políticos não nos defendem. Que editorial de grande jornal ou TV esculachou o cara? Nenhum. E ninguém disse ou fez nada, porque sabem que quando ele fala é o grande capital brasileiro que fala. São os Farialimers, gente acostumada a viver nas costas do estado desde Dom João VI.

Paradoxo

Vivemos um país ao contrário. Um país onde o povo não tem vez. Com os preços subindo nas prateleiras dos supermercados e a inflação voltando, não se ouve falar de reajuste salarial, de ganho real de salário, de nada disso. Aí vem esse canalha falar em congelar salário mínimo. Aí vou ler os editoriais dos grandes jornais, Folha, Estadão, nem uma palavra contra Fraga. Nem se tocou no assunto.

Aposentadoria

Na argumentação do lazarento, ele quer congelar salário porque a conta da aposentadoria tá ficando grande demais. Então, que se faça uma auditoria da dívida pública brasileira, que se vá atrás do motivo de o Brasil pagar os maiores juros do mundo de dívida pública. Sabe pra quê? Pra sustentar esses caras. Esses caras que estão de costas para o Brasil desde sempre.

O câncer do Brasil

Esses caras são o câncer do Brasil. Eles comem tudo, se apropriam de tudo. Não dividem nada, não pagam impostos, só sugam, cada vez com mais voracidade, as tetas da República. E olhe ao redor, não tem ninguém, nenhum político, nenhum partido, nenhuma grande imprensa que faça frente a eles. Tá todo mundo no bolo. Ou tem? Me diz aí...

100 dias do ex-tudo e recall engatilhado

Chegamos aos 100 dias da gestão Leonel Pavan (PSD) na terra da pedrada e ex-do tiro ao vereador, também conhecido como ex-tudo: ex-deputado, ex-governador, ex-senador de si mesmo e agora, com muito esforço, ex-gestor da paciência coletiva.

Reprise velha

O alcaide de Camboriú prometeu “nova gestão”, mas entregou reprise da velha novela: trânsito em colapso, servidores sem salário, agricultores largados e um prefeito que aparece mais em bar do que em reunião.

Caos organizado

Na avenida Santa Catarina, o “caos organizado” virou piada pronta. Ninguém entende nada: rótula que some, via que vira, povo que gira. Dizem que é mobilidade, mas parece labirinto de rato. Resultado: engarrafamento com paisagem de buraco.

Amargam

Os ACTs, que sustentam a Educação, amargaram salários atrasados e esperança vencida. Enquanto isso, a resposta oficial é sempre uma só: “estamos vendo”. Estão vendo o quê? A paciência acabar? A cereja do bolo veio nas enchentes, quando Pavan foi flagrado em momento de... relax. Sim, no bar. Questionado, largou a pérola: “Não morreu ninguém”. A empatia mandou lembranças.

Nos bastidores

E como se fosse pouco, o site da prefa caiu. Igual à popularidade do chefe. Hoje, pra saber o que a gestão faz, só indo ao boteco certo, lá o prefeito parece estar sempre online. Agora, nos bastidores, já se ouvem sussurros de um possível recall de voto. É isso mesmo: o povo quer devolver o produto antes da garantia acabar. E com razão. Afinal, Camboriú votou esperando um gestor e ganhou um ex-tudo em looping.

Faltam só mais 1360 dias, ou não...

Porque em Camboriú o tempo parece andar no ritmo da gestão: devagar, fora do prumo e com o freio de mão puxado. Cada decreto virou tiro no pé, cada desculpa é replay de outras gestões — e o povo começa a entender que quem se elegeu prometendo modernidade entregou saudade... da oposição.

Até os pombos...

As ruas falam, os grupos de zapzap gritam e até os pombos da Praça das Figueiras já sabem: a paciência tá mais curta que as calçadas da Santa Catarina. Se o povo não esquecer rápido, 2025 pode ser o ano da devolução política: recall no colo do coronel.

Presente!

A apresentação dos 100 dias de governo da prefeitona dos bairros da Dubai Maravilha, Juliana Pavan (PSD), lotou o plenário da casa do povo. Pai Atanásio, que se empoleirou para prestigiar o evento, afirma que tinha até lista de presença para os comissionados e quem não estivesse seria duramente cobrado. Sério?

Reservado

Por fim, uma desorganização só, que deixou pessoas e até algumas “otoridades” sentadas na escada, porque faltava cadeiras para acomodar todos e a secretária de Educação acabou na cadeira de um vereador que observou a cena e fez a gentileza.

Otimismo

O evento foi todo organizado pela prefa dos altos da Dinamarca, e demostrou que a casa do povo está atrasada em audiovisual, pois uma empresa particular foi contratada para colocar um telão gigante que a Câmara tem, mas nunca funcionou bem – e já não é de hoje.

Coisas boas

A parte que mais chamou a atenção do veio Atanásio foi o chefe de gabinete, o Índio, saudando os presentes e afirmando que a prefeita havia lhe dado um beliscão no braço e pediu para ser otimista e não falar só das coisas ruins. Como assim, quer dizer que era pra falar só das coisas boas?

Símbolo

Outra coisa que o veio xereta não perdoou, foi o fato de que a secretária de Comunicação, a bela Dagmara Spautz, fez a apresentação das cores e dos símbolos da nova administração e advinha que cor é? Isso mesmo, o princípio da impessoalidade na administração pública foi completamente ignorado e as cores adotadas para o logotipo são as do PSD (verde, amarelo e azul), num claro sinal de alusão eleitoral. Ou não? Ou o véio Atanásio tá errado?