Saúde

Primeiro caso de gripe aviária é registrado em Santa Catarina

Vírus foi identificado em ave silvestre que migrou para São Francisco do Sul

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Trinta-réis-real são espécies de aves marinhas comuns no litoral 
(Foto: Divulgação)
Trinta-réis-real são espécies de aves marinhas comuns no litoral (Foto: Divulgação)

Santa Catarina registrou o primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade. O vírus influenza do tipo H5N1 foi identificado em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-real, em São Francisco do Sul.

Segundo a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), a ocorrência em aves silvestres não compromete a condição sanitária do estado e do país, atestados como livre da doença, não impactando no comércio internacional de produtos avícolas catarinenses.

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Em nota técnica sobre a notificação, a Secretaria de Estado da Agricultura informou que as amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional em diagnóstico de gripe aviária. O diagnóstico foi confirmado no dia 26 de junho e divulgado na terça-feira.

Segundo a Cidasc, não há propriedades de produção comercial no raio de 25 km do foco localizado em São Francisco do Sul. “Estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres na região”, informa. Dependendo das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pelo estado pra evitar a disseminação da gripe aviária.

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A nota recomenda que casos de aves de qualquer espécie com sinais clínicos de influenza aviária, como dificuldade respiratória, andar cambaleante, torcicolo ou girando em seu próprio eixo, ou mortalidade alta e súbita, devem ser comunicados imediatamente à Cidasc. O aviso pode ser pelo sistema e-Sisbravet ou em um escritório local do órgão.

A influenza aviária, popularmente chamada de “gripe aviária”, é uma doença viral altamente contagiosa que atinge principalmente aves e mamíferos. Em humanos, o índice de contágio é muito baixo e com riscos bem menores do que nos animais. Ainda assim, é preciso manter cuidados para evitar a propagação do vírus.

No Brasil, são 50 casos registrados em aves silvestres em sete estados: Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Na terça, houve o primeiro caso em ave doméstica, um pato de propriedade particular em Serra, no Espírito Santo.

 

Monitoramento de praias reforça procedimentos e suspende necropsias de aves

Saúde de animais silvestres pode ficar em risco caso o vírus se espalhe

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Os trinta-réis-real são espécies de aves marinhas comuns no litoral catarinense. O instituto R3 Animal, que toca o projeto de monitoramento de praias e resgate de animais marinhos na região de Florianópolis, informou que, apesar de não ter outro registro positivo da doença no estado, a produção de aves e a saúde de animais silvestres pode ficar em risco caso o vírus se espalhe.

“A orientação é que o atendimento e o resgate desses animais, em especial aves, passem por rigorosos protocolos de segurança. No caso de um animal suspeito ou com sintomas deve ser comunicado diretamente à Cidasc e aguardar o atendimento no local”, informa.

Os técnicos que atuam nas praias e no Centro de Pesquisa e Reabilitação Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal) passam a atender com equipamentos de segurança individual específicos para esta ação. O cuidado é para não terem contato direto com os animais. As necropsias em aves também estão suspensas.

A orientação da entidade para a população é que não se aproxime de animais mortos ou com sintomas de influenza aviária. O plano para minimizar as chances que o vírus se espalhe nas unidades do Projeto de Monitoramento de Praias e pra garantir a proteção das equipes que atuam em Santa Catarina e no Paraná foram elaboradas pela Univali, que monitora as praias na região de Itajaí.

 

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Recomendações ao setor avícola

Aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas. A secretaria de Agricultura reforçou o alerta máximo de adoção das medidas de segurança para a avicultura comercial e a proibição de visitas de pessoas alheias ao sistema de produção.

Permanece também a recomendação da restrição de acesso ao ambiente externo para aves criadas livres e até para aves de subsistência, pra proteger a saúde e segurança do setor avícola catarinense. A realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves continua suspensa em todo país, atendendo portaria do Ministério da Agricultura em março.

“Por fim, informamos que o consumo da carne de aves e ovos é seguro, conforme respaldado cientificamente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outros órgãos reconhecidos internacional”, ressaltou a secretaria em nota.

 

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Como comunicar casos suspeitos:

Sistema e-Sisbravet em bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET

Escritórios da Cidasc, listados em cidasc.sc.gov.br/estrutura-organizacional

Central 0800 643 9300




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