Meio ambiente
SC reduziu desmatamento da Mata Atlântica em 46%, aponta estudo
Parceria com organizações ambientais e o uso de tecnologia contribuiu para maior fiscalização
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Santa Catarina reduziu em 46% o desmatamento no bioma Mata Atlântica nos cinco primeiros meses de 2023, segundo dados do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica. Os números foram coletados através de uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o Mapbiomas, e foram divulgados pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) nesta segunda-feira.
De acordo com o Ima, a fiscalização mais intensa, com o uso do Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento (Simad), contribuiu para o resultado, já que são utilizadas imagens de satélite para alertar em tempo real para a derrubada de vegetação, seja autorizada ou clandestina. Os alertas são compartilhados entre o IMA e a Polícia Militar Ambiental (PMA).
Continua depois da publicidade
Segundo o coordenador técnico do MapBiomas, Marcos Rosa, a mudança de postura do governo federal e do Ibama, e as penalidades previstas, inclusive com restrições de crédito para propriedades com desmatamento não autorizado, podem estar relacionadas à redução no desmatamento.
No Brasil, o desmatamento da Mata Atlântica caiu 42%, com destaque para Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, segundo o boletim.
Continua depois da publicidade
“O desmatamento deveria ser zero”, opina bióloga
Ong de Piçarras cuida das áreas verdes
No litoral norte do estado, a ONG SelvAge Mata Atlântica, de Balneário Piçarras, contribui com a proteção do bioma fiscalizando as áreas remanescentes de mata nativa do município e trabalha com educação ambiental e levantamento da fauna na região.
“O desmatamento deveria ser zero. Uma vez que restam menos de 7% da Mata Atlântica e já existem áreas suficientes para os diversos usos. Porém, sabemos que não é assim, e parabenizamos toda ação que seja para a diminuição do desmatamento seja do governo e ou de outras iniciativas, privadas ou não governamentais”, acrescenta a bióloga responsável pela ONG, Patrícia Cuadrado.
