TERROR EM POMERODE

Professor construiu compartimento em cama pra manter aluna escondida

Criança foi presa no fundo falso de cama; professor de matemática criou pista falsa pra atrapalhar as buscas da polícia

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Cão farejador foi fundamental para localizar a adolescente (Foto: divulgação) 
Cão farejador foi fundamental para localizar a adolescente (Foto: divulgação) 

A aluna da rede municipal de Pomerode, de 12 anos, que foi encontrada na manhã de domingo trancafiada num compartimento  na cama do seu professor de matemática, um homem de 55 anos, já foi ouvida pela polícia e está de volta na casa da sua família.

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O acusado foi preso na manhã de domingo fugindo de carro e vai responder por sequestro para fins libidinosos, estupro de vulnerável e fraude processual.

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O acusado foi preso na manhã de domingo fugindo de carro e vai responder por sequestro para fins libidinosos, estupro de vulnerável e fraude processual.

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O professor é carioca, formado em engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em matemática. Há 26 anos atuava como professor na rede pública e privada e há um ano e nove meses como concursado na rede municipal de Pomerode. Pelo que foi apurado até agora, a criança teria concordado em se mudar de estado com o professor e chegou a fugir da casa da família.

A vítima fugiu de casa na noite de sexta-feira, entre 22h e 23h. A criança deixou um bilhete para a família, dizendo que iria para Porto Alegre com uma amiga.

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Na verdade, ela foi ao encontro do professor que a levou com seu carro, um Toyota cinza, pra casa dele. A intenção, segundo o que ele falou à polícia, era atender um suposto chamado de um concurso público na região de Curitiba, no Paraná. Os dois se mudariam para o estado vizinho, onde morariam juntos, segundo afirmou.

 

Carro utilizado pelo professor para buscar a menina (Foto: PRF SC)

No sábado pela manhã, a menina já foi considerada desaparecida pela família. O pai ligou para o professor atrás de qualquer informação que ajudasse a localizá-la.

A menina e o professor eram próximos e, por isso, o pai acreditou que ele pudesse ajudar com uma pista sobre o paradeiro da garota.

O professor se colocou à disposição para ajudar nas buscas e até compartilhou nas redes sociais o pedido de ajuda para encontrar a menina.

A Polícia Civil assumiu o caso por volta do meio-dia de sábado. O delegado de Pomerode, Antonio Godoi, titular da investigação, foi até a casa da família. Ele logo percebeu que não se tratava de um desaparecimento “comum”.

Na tarde de sábado, a polícia foi a casa do professor e passou a desconfiar dele, devido ao nervosismo demonstrado. Além disso, o homem foi solícito “até demais”, o que também levantou suspeita pelas falas.

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Cão farejador ajudou a localizar cativeiro

Roupas de cama que a menina utilizou enquanto esteve escondida embaixo da cama (Foto: PCSC)

A polícia começou a cruzar dados e a investigação apontou o professor como o principal suspeito. Por volta das 7h30 de domingo, as polícias Civil e Científica cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do homem.

Ao chegarem no local, notaram que ele e o carro tinham sumido. A polícia iniciou as buscas com o cão farejador. O animal tinha farejado objetos pessoais da menina e, logo que entrou na casa, o dog apontou que a menor esteve ou estava no local.

Mas como uma mochila com as roupas e pertences da adolescente foi localizada na casa, os policiais entenderam que isso podia estar confundindo o faro do animal.

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Por volta das 10h30, os policiais descobriram a placa do carro do suspeito e repassaram a informação à Polícia Rodoviária Federal. Às 11h20, a PRF, com apoio da Guarda Municipal de Joinville, encontrou o suspeito na região de Pirabeiraba. Ele estava sozinho, sem a menina, dirigindo o Corolla.

O professor foi interrogado pelo Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRF e confessou o crime. Foi aí que ele revelou que a criança estava num cativeiro dentro do quarto da sua própria casa.

Esconderijo secreto em cama

O delegado Rodrigo Raitez, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), contou que a menina estava escondida dentro de uma cama boxe comum, que nem era do tipo baú. O homem tirou os pés da cama, cerrou o fundo e fez um buraco na madeira que dava sustentação ao colchão.

O criminoso modificou a cama para construir o cativeiro (Foto: PCSC)

A menina ficou escondida neste compartimento, entre o colchão, que ficava na parte de cima, e o chão. No espaço havia um colchonete, um cobertor e um travesseiro.

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Contato pelo celular

O professor foi preso às margens da BR 101 em Joinville (Foto: PRF SC)

Na madrugada de domingo, por volta das 5h30, o professor disse que acordou a menina, pediu para ela se acomodar no esconderijo e ficar quieta para que ninguém a encontrasse até ele voltar.

Ele saiu de casa com um celular que havia dado à criança. Isso porque os pais da menina a colocaram de castigo e tinham tirado o celular dela. Para que continuassem conversando, o professor deu um outro celular para a menina.

Para despistar a polícia, o homem saiu na madrugada de domingo pela BR 470, em direção a Navegantes, e mexeu no celular para acusar atividades na localização do aparelho naquela cidade. Quando ele retornou para casa encontrou várias viaturas em frente.

Ele então voltou para a rodovia e fugiu no sentido norte do estado. O delegado acredita que ele estaria em direção a Curitiba, para se esconder em um apartamento do filho que tem imóvel naquela cidade. A PRF o prendeu no meio do caminho.

 

Prisão preventiva 

Professor vai ficar preso e investigação continua

Professor vai ficar preso e investigação continua

 

O acusado passou por audiência de custódia na tarde de segunda-feira, quando a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva e ele segue à disposição da justiça no presídio.  A polícia não divulgou para qual unidade prisional o professor foi levado,por questões de segurança. Já a menina foi ouvida por uma psicóloga social e os detalhes do seu depoimento não foram divulgados. A polícia deve ouvir colegas da menina e outras testemunhas do caso durante a investigação.




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