Santa Catarina

Justiça Federal dá prazo de 10 dias pra governo do estado apresentar plano para abrigar indígenas

Após fechamento da barragem de José Boiteux, SC precisa cumprir acordo com comunidade Xokleng

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

PF fará a coordenação dos PMs na barragem (Foto: Divulgação)
PF fará a coordenação dos PMs na barragem (Foto: Divulgação)
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A Justiça Federal em Blumenau fez neste domingo uma audiência de emergência entre representantes da comunidade da Terra Indígena La Klãnõ Xokleng, o governo do Estado de Santa Catarina e outros envolvidos no impasse do fechamento da Barragem Norte de José Boiteux.

A reunião aconteceu através de videoconferência com condução do juiz federal plantonista Vitor Hugo Anderle. No encontro foram definidas providências para cumprimento das decisões judiciais.

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Após a manifestação de todos os participantes, foi determinado ao Estado que elabore em 10 dias um cronograma para cumprimento das condições estabelecidas pela decisão, especificamente quanto à desobstrução e melhoria das estradas e construção de novas casas para as famílias afetadas pela retomada da operação da barragem. O prazo l não desobriga o Estado de cumprir os demais itens como alimentos, água potável e assistência de maneira imediata.

Com relação ao uso da força policial no local, o Estado se comprometeu em usar o efetivo proporcional da Polícia Militar, com a coordenação da Polícia Federal nos próximos 10 dias. O Ministério Público Federal tomará as medidas necessárias para apuração dos fatos relacionados ao confronto entre a polícia Militar e indígenas.

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A comunidade indígena deverá observar “a determinação judicial que assegura a prestação do serviço público pelo Estado de Santa Catarina na operação da Barragem Norte de José Boiteux”. Em 24 horas, o Estado deverá apresentar laudo ou estudo técnico que permita constatar a segurança da operação e as consequências do fechamento das comportas em relação à comunidade indígena.

O juiz lembrou que “as decisões proferidas não [trataram] da análise do cabimento ou não do fechamento das comportas, mas, exclusivamente, [do] acesso dos agentes públicos do Estado de Santa Catarina [ao local]”.

Segundo Vitor Hugo, “a análise do fechamento ou não das comportas diz respeito à questão de ordem técnica e operacional, de modo que faleceria capacidade institucional para sua apreciação e análise acerca de seu cabimento, a ensejar, na hipótese, o dever de autocontenção judicial, em especial neste momento procedimental e em regime de urgência”.

Confronto

O clima de guerra se estabeleceu na comunidade após o governador Jorginho Mello (PL) ordenar, por volta das 18h30 de sábado, o fechamento das duas comportas para tentar diminuir o nível do Itajai-açu que tinha previsão de chegar a 14 metros após as chuvas de sábado. Horas antes, o próprio estado tinha descartado essa operação alegando riscos.

A comunidade indígena afirmou que a barragem está abandonada e  que o governo do estado não cumpriu a sua parte no acordo para o fechamento consensual da barragem. Durante  a madrugada de domingo houve confronto com disparo de tiros de borracha e resistência de alguns indígenas. A barragem foi fechada horas depois que o estado teve acesso ao local.




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