A Polícia Civil de Itapema abriu um inquérito policial para investigar a morte do empresário brusquense Sérgio Souza Corrêa, de 59 anos, e da esposa Eduarda Gorgick, a Duda, de 25 anos. A principal suspeita é de feminicídio seguido de suicídio. O delegado Ícaro Malveira aguarda o resultado da perícia dos celulares do casal para entender a motivação para o crime, que foi descoberto na noite de domingo em um apartamento do edifício Petit Chateau, de frente para o mar da praia de Itapema.
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Segundo o delegado Ícaro, pela cena encontrada no apartamento a possibilidade é de que o empresário matou a esposa e depois tirou a própria vida. A arma usada foi um revólver calibre 38 que também ...
Segundo o delegado Ícaro, pela cena encontrada no apartamento a possibilidade é de que o empresário matou a esposa e depois tirou a própria vida. A arma usada foi um revólver calibre 38 que também já foi apreendido e entregue à perícia da Polícia Civil. O delegado ainda não confirmou se a arma era legalizada e se Sérgio tinha porte de arma.
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O delegado ainda não sabe a motivação para as mortes, mas já intimou familiares e vizinhos para prestarem depoimento à delegacia. “Vamos pedir perícia nos celulares para descobrir a motivação do crime e estamos esperando laudo cadavérico para confirmar a quantidade de tiros disparados”, informou.
Nas redes sociais, a família de Eduarda lamentou a tragédia. “O que dizer meu amor, arrancaram você de nós na maior crueldade. Não foi a sua vida que ele acabou, mas sim de todos nós. Nos dê forças meu anjo, por que não sei se consigo. A dor é grande demais, você com esse coração bondoso, pensando sempre em nós. Menina linda, com toda a vida pela frente. Meu Deus como superar isso...”, escreveu Natacha Leandro Matias no Facebook. A mãe e outra irmã de Duda também postaram imagens de luto nas redes sociais.
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Sérgio, além de empresário, dono da Brusque Comércio de Caminhões, era músico. Ele fazia dupla sertaneja com Paulinho. O local do velório de Sérgio e Duda ainda não foi informado, mas deve ser em Brusque.
O crime
O casal foi encontrado sem vida dentro do apartamento na rua 115, por volta das 22h de domingo. As mortes teriam ocorrido no sábado, mas somente domingo à noite os corpos foram encontrados. Tanto Sérgio como Duda tinham ferimentos de bala no corpo.
A PM foi chamada ao local por um funcionário da vítima que encontrou o casal sem vida. O homem tentou contato com o patrão e resolveu ir até o apartamento para ver porque ele não respondia as mensagens. O apartamento estava fechado e o funcionário estranhou o fato de encontrar os celulares do casal no hidrante do corredor. Ele tentou arrombar a porta, mas não conseguiu.
O funcionário pediu ajuda para um vizinho, que permitiu que ele entrasse no apartamento do casal pela sacada. O homem estourou o vidro da sacada e, ao entrar no apartamento, encontrou Sérgio e Duda mortos. Havia sangue no local, mas já com indicativos de que o crime tinha ocorrido há várias horas. O revólver foi encontrado próximo da mão de Sérgio.
Um morador do condomínio contou que o casal foi visto pela última vez em um churrasco no salão de festas do edifício com outros condôminos, no sábado à tarde. Os vizinhos não ouviram discussões ou tiros. O casal foi visto no elevador às 16h30 do sábado – as imagens ficaram registradas no circuito de câmeras do prédio. Já às 17h23 a mulher saiu no corredor do apartamento e guardou os dois celulares na caixa de hidrante do corredor. Ela retornou para o apartamento e não foi mais vista.