Crimes em Navegantes

Pescador confessa que matou Raquel e Carin depois de se chapar de cocaína

Primeiro ele matou Raquel e depois Carin. Assassino usou duas facas de cozinha para atacar as vítimas

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Facas usadas no crime eram da casa de Raquel (Foto: Fran Marcon)
Facas usadas no crime eram da casa de Raquel (Foto: Fran Marcon)
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O pescador F.L.K., de 34 anos, confessou à polícia o assassinato da professora Carin Daiana Salomão, de 37 anos, e da amiga dela, a recepcionista Raquel Jaqueline Hostins, de 32 anos. Elas foram mortas dentro da casa de Raquel, na rua Teodoro da Silva, no bairro Machados, em Navegantes, no dia 21 de junho. Os corpos foram encontrados 24 horas após o crime.

A conclusão da investigação da polícia Civil foi apresentada à imprensa em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira. Para o delegado Roney Péricles, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), não houve feminicídio porque não havia envolvimento afetivo ou sexual do assassino com as vítimas. O delegado também explicou que o pescador não demonstrou qualquer arrependimento e que os exames feitos até agora descartaram violência sexual.

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Preso no Complexo Penitenciário da Canhanduba desde a descoberta dos corpos, F. se revelou uma pessoa fria. O delegado contou que o acusado riu e conversou naturalmente antes do depoimento à polícia. O assassino afirmou ter usado cocaína e tomado muitas bebidas alcoólicas antes do crime.

Ele disse que sua intenção inicial era matar apenas Raquel porque ela teria falado mal de uma pessoa especial para ele. Carin, amiga de Raquel, teria sido morta porque chegou à residência logo depois. Ela foi atacada por F. sem saber o que estava acontecendo. O pescador alegou que matou Carin para que ela não encontrasse o corpo de Raquel ainda no quarto.

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Raquel foi morta no quarto; Carin foi assassinada na área de churrasqueira quando chegou na casa (Foto: Polícia Científica)

 

 

Facas de cozinha

As facas usadas no duplo assassinato, uma delas com lâmina de 30 centímetros, eram da cozinha de Raquel. “As facadas foram semelhantes. Muitos golpes na região da cervical”, explica o delegado. A perícia da Polícia Científica não conseguiu identificar o número exato de golpes, mas estima que foram mais de 15 em cada vítima. 

O delegado Roney Péricles pediu à justiça que F. fique preso e seja  indiciado por duplo assassinato por motivo fútil e tentativa de ocultação de cadáver.  F. já tem passagens pela polícia por roubo e violência doméstica contra a ex-esposa, a mãe e a irmã.

Facas usadas no crime é da própria casa de Raquel (Foto: Divulgação)

 

Assassino foi preso antes de fugir da cidade

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Três fatores foram cruciais para esclarecer o caso: o testemunho do amigo de Raquel, C.K., de 35 anos, as imagens de câmeras de segurança que mostram o pescador entrando na casa e depois saindo após o crime, e pegadas de sangue deixadas na cena.

 

Raquel e o pescador foram flagrados na rua pelas câmeras de monitoramento (Foto: Reprodução)

 

A testemunha C.K. encontrou os corpos e acionou a polícia às 18h30 de sábado, 22 de junho. Ele tinha passado a noite de quinta e a madrugada de sexta com Raquel em duas conveniências de Navegantes. O encontro entre C., Raquel e o pescador foi na conveniência Solange, onde lembraram que estudaram juntos na infância e conversaram até a manhã de sexta.

C. deu uma carona para os dois irem embora. Raquel e o pescador foram até a casa dele no bairro São Domingos, onde ele queria apresentar Raquel à mãe. Ele ainda tentou pegar o carro da família para sair com Raquel, mas foi impedido pela mãe e, revoltado, atirou uma pedra no carro. Raquel chamou um motorista de aplicativo e voltou para casa, enquanto o pescador saiu andando pelo bairro.

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Pescador arremessou pedra contra carro da família (Foto: Fran Marcon)

 

Na sexta, às 17h15, ele voltou à casa de Raquel e cometeu o crime. Eles se desentenderam e ele a matou com várias facadas. Carin chegou uma hora depois, às 18h30 de sexta, e também foi morta a facadas.

Na manhã de sábado, C. passou pela casa de Raquel e viu o portão aberto e o carro de Carin na frente, mas não entrou. Intrigado com a ausência de contato de Raquel, voltou às 18h e encontrou os dois corpos. Seu relato à PM ajudou na prisão do pescador, encontrado na casa da mãe, de malas prontas para fugir.

Carin era funcionária pública desde 2002 e desde o início deste ano, atuava na Coordenação de Projetos da Secretaria de Educação de Navegantes. Raquel trabalhava como recepcionista.




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Comentários:

juarez rezende araujo

12/07/2024 19:49

Pergunto:tem gente que acredita que UM MONSTRO desses tem recuperaçao no nosso sistema penal?A pena de morte em casos como este está mais que justificado.A pena de morte não é um ato de crueldade.E fazer justiça.

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