Inédito

Santa Catarina lança edital para pesquisa sobre peixes marinhos

Tainha poderá ser criada em cativeiro. Governo quer inovação para estimular produção de espécies marinhas

João Batista [editores@diarinho.com.br]

Governo busca inovação para estimular produção de espécies marinhas no estado (Foto: Arquivo/Univali-Penha)
Governo busca inovação para estimular produção de espécies marinhas no estado (Foto: Arquivo/Univali-Penha)
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Novo edital do governo do estado, com recursos de quase R$ 2 milhões, vai selecionar propostas de pesquisadores com projetos voltados para o estudo dos sistemas de engorda de peixes marinhos e a geração de conhecimento na área. A iniciativa é da Secretaria de Estado da Aquicultura e Pesca, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).

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As inscrições vão até às 18h do dia 4 de novembro e devem ser encaminhadas pelo sistema da Fapesc, em https://sig.fapesc.sc.gov ...

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As inscrições vão até às 18h do dia 4 de novembro e devem ser encaminhadas pelo sistema da Fapesc, em https://sig.fapesc.sc.gov.br. O resultado final será divulgado na página da entidade no dia 10 de dezembro. Podem participar pesquisadores catarinenses de Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) do estado, com propostas de pesquisa científica, tecnológica e de inovação em aquicultura.

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O edital busca propostas que contribuam para o avanço técnico e científico dos sistemas de engorda de peixes, uma etapa essencial no ciclo de produção, visando o aumento da eficiência e da sustentabilidade ambiental. O objetivo é promover inovações e melhorar a produção sustentável de espécies marinhas no estado, que já se destaca como um dos principais polos aquícolas do país.

De acordo com o secretário de Aquicultura e Pesca, Tiago Frigo, os sistemas de engorda de peixes marinhos ainda são poucos explorados no Brasil. “Temos um potencial enorme de costa e a engorda de peixes marinhos praticamente não existe no nosso litoral. Santa Catarina mais uma vez sai na frente com esses grandes investimentos”, destacou.

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Tainha será estudada pra criação em viveiros

Edital de pesquisa tem valor global de R$ 1,8 milhão

Edital de pesquisa tem valor global de R$ 1,8 milhão

 

Além de promover novas práticas, a pesquisa deve ampliar o conhecimento sobre a piscicultura marinha no estado. Entre as metas, estão o estudo de espécies nativas com potencial para a piscicultura comercial, o fortalecimento de grupos de pesquisa e a integração entre pesquisadores. Outra ideia é ajudar na formulação de políticas públicas para o manejo sustentável dos recursos pesqueiros no estado.

As linhas de pesquisa contemplam espécies como tainha, robalo-peva e burriquete. Será avaliada a adaptação dessas espécies a diferentes sistemas de cultivo, caracterizando seus parâmetros genéticos, fisiológicos e reprodutivos. Entre as formas de cultivo, o edital prevê a avaliação da viabilidade em viveiros escavados, em tanques-rede e em Sistema de Recirculação de Água (RAS).

O edital tem o valor global de R$ 1,8 milhão, sendo R$ 900 mil vindos do orçamento da Fapesc e outros R$ 900 mil de recursos descentralizados pela Secretaria de Aquicultura e Pesca. Estão aptos a participar doutores, mestres, acadêmicos e técnicos, com bolsas que variam de R$ 933,21 a R$ 15.750,00 por mês, dependendo da categoria de enquadramento.

O período de vigência do projeto aprovado será de 24 meses, prorrogável mediante avaliação. O edital está aberto desde o dia 03 de outubro e pode ser consultado neste link https://fapesc.sc.gov.br/wp-content/uploads/2024/10/Processo-FAPESC-00002824_2024.pdf

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Pesquisas com espécies em Penha pararam por falta de dinheiro

O professor Gilberto Manzoni, oceanógrafo, doutor em aquicultura e coordenador do Centro Experimental de Maricultura da Univali, em Penha, comenta que o edital é importante pra continuidade das pesquisas. Gilberto é envolvido com trabalhos de piscicultura marinha há 15 anos, com experimentos feitos com robalo-peva, robalo-flecha e sardinha.

Nas experiências com robalo, ele conta que a taxa de crescimento não foi animadora porque a espécie não “aceita” qualquer tipo de ração. Os resultados foram melhores para a sardinha, com cultivos experimentais pra isca-viva, em parceria com a UFSC, e pra ser enlatada. Por falta de recursos, porém, as pesquisas pararam.

“Esse edital é fundamental porque a gente vai ter recurso pra continuar trabalhando com essas espécies”, destaca. Ele avalia que a sardinha é uma espécie promissora pra cultivo, com boa expectativa também para a tainha, além do burriquete, uma nova espécie listada e que precisa ser avaliada sobre os potenciais.

Gilberto adianta que a Univali deve integrar o projeto pra produção de espécies marinhas no estado, que vai juntar também a Epagri, a Udesc e a UFSC. “A gente está na expectativa, já estamos articulando, para ingressar nesse projeto. Porque realmente a Univali é a única que tem estrutura pra fazer cultivo de peixes marinhos”, observa.

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