A morte brutal do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, chocou o Brasil nesta semana. De acordo com a Polícia Militar Ambiental, ele foi morto após ser atacado por uma onça às margens do rio Miranda, no Mato Grosso do Sul. O homem tentava coletar mel num deque perto da mata quando virou alvo da onça.
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Pedaços do corpo da vítima foram encontrados ao lado de pegadas do felino na fazenda em que ele trabalhava. Outros caseiros de fazendas da região registraram os rastros da perseguição, que terminou ...
Pedaços do corpo da vítima foram encontrados ao lado de pegadas do felino na fazenda em que ele trabalhava. Outros caseiros de fazendas da região registraram os rastros da perseguição, que terminou em tragédia na beira do rio.
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Durante buscas pelo corpo, policiais militares ambientais também foram atacados por uma onça, quando encontraram partes do corpo de Jorge na manhã de terça-feira. Os agentes resolveram retirar os restos mortais do local, já que seria inviável esperar a perícia diante da ameaça do felino.
Outras partes do cadáver foram encontradas numa toca de onça, a cerca de 300 metros de onde Jorge foi atacado, em área de mata fechada. O corpo foi recolhido e encaminhado para perícia técnica.
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O caseiro foi sepultado com caixão lacrado na tarde desta quarta-feira. O laudo pericial deve ficar pronto em 10 dias. Foram encontrados no corpo da vítima sinais de mordidas e de unhadas do animal.
Antes do ataque
Dias antes de ser morto brutalmente, Jorge alertou sobre a presença de onças na região. Ele aparece ao lado de um amigo mostrando rastros do animal. O amigo chega a dizer que a onça poderia atacar Jorge, que responde: “não vai comer, não”.
De acordo com as autoridades ambientais, a escassez de alimento é uma das hipóteses consideradas como motivação do ataque. Comportamento defensivo, período reprodutivo do felino ou alguma atitude involuntária da vítima também são teorias levantadas.
Uma equipe de pesquisadores, guias e policiais ambientais organizada pelo governo do Mato Grosso do Sul foi montada para encontrar a onça. A expectativa é que o animal seja capturado e levado a um centro de reabilitação em Campo Grande.