ALERTA

Santa Catarina tem 18 casos de febre maculosa, um deles na região

No estado não houve mortes e casos foram leves. Óbitos em SP fazem Vigilância Epidemiológica reforçar prevenção

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Transmissor da doença, o carrapato-estrela é encontrado em cavalos, bois e capivaras (foto: João Batista)
Transmissor da doença, o carrapato-estrela é encontrado em cavalos, bois e capivaras (foto: João Batista)

A morte de quatro pessoas por febre maculosa em Campinas (SP) chamou atenção para os riscos da “doença do carrapato” em Santa Catarina. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive) informou que tem registro de 18 quadros leves da doença em 13 cidades catarinenses no ano de 2023. Blumenau soma o maior número de casos: cinco; apenas um foi registrado na  região da Amfri.

A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato infectado com a bactéria “Rickettsia”. A transmissão ocorre quando o carrapato fica preso ao corpo da pessoa ou pela penetração das bactérias em machucados de pele, no esmagamento do carrapato. No Brasil, o principal transmissor da doença é o carrapato-estrela, encontrado em capivaras, bois e cavalos.

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Duas espécies da bactéria estão ligadas aos quadros clínicos da doença. A Rickettsia rickettsii leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB), considera o tipo mais grave, registrado no norte do Paraná e no Sudeste. Já a Rickettsia parkeri tem registro em áreas da Mata Atlântica, que abrange o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará, com quadros clínicos menos graves.

Santa Catarina registrou 41 casos de febre maculosa em 2022. Neste ano, até o dia 14 de junho, foram 18 confirmações. “É importante destacar que Santa Catarina não tem registro de óbitos por febre maculosa, justamente porque a bactéria encontrada no estado é a que produz quadros menos graves. Mas é preciso estar atento à prevenção e aos sintomas da doença”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive. Apesar de poder ser fatal, a doença tem cura com o uso de antibióticos.

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Ivânia informa que os sintomas, que vão de febre até o aparecimento de caroços em partes do corpo como axilas e virilhas, podem aparecer entre o 2º e o 14º dia de exposição. “É sempre importante procurar atendimento médico ao apresentar sinais e sintomas”, explica.

Desde o ano de 2022, Santa Catarina é referência no Sul na identificação dos carrapatos através do Laboratório de Entomologia da Dive. Os carrapatos coletados em ações de vigilância ambiental são identificados pelo laboratório estadual e encaminhados para pesquisa no Laboratório de Referência Nacional em Vetores da bactéria, da Fiocruz/Ministério da Saúde.

Casos em SC

Nome

Número

Blumenau

5

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Jaraguá do Sul

2

Grão Pará

1

Corupá

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1

Benedito Novo

1

Canelinha

1

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Joinville

1

Rio dos Cedros

1

São Bento do Sul

1

Urussanga

1

Luiz Alves

1

Massaranduba

1

Orleans

1

 

Casos leves no estado

A gerente de zoonoses da Dive-SC, Ivânia Folster, destaca que, apesar de Santa Catarina ter a presença do carrapato-estrela, os casos registrados da doença são mais leves porque a bactéria responsável é a  chamada “cepa Mata Atlântica”, que provoca quadros amenos.

Os sintomas mais comuns são febre, dor no corpo e inflamação das glândulas linfáticas, além de ferida no local de contato do carrapato. Ela explica que o diagnóstico da doença é feito por exame de sangue. “Mas o tratamento é já no momento da suspeição, com antibiótico”, informa.

No caso de picada pelo carrapato, especialistas orientam a forma correta de tirar o bicho, que fica grudado na pele. A dica é usar uma pinça, nunca as mãos. “Quando a gente espreme o carrapato [com as mãos], pode sair um líquido que se chama hemolinfa, que está cheio de bactérias, e pode transmitir a febre maculosa”, alerta a médica pediatra Ana Escobar, professora da USP.

 

Fazenda é interditada após mortes em São Paulo

 Fazenda em Campinas foi interditada após confirmação de mortes

Fazenda em Campinas foi interditada após confirmação de mortes

 

O estado de São Paulo confirmou até quinta-feira mais três mortes por febre maculosa. Uma quarta morte é investigada como suspeita. Os quatro óbitos são de pessoas que participaram de uma festa na Fazenda Santa Margarida, no interior de Campinas (SP), no dia 27 de maio.

Os eventos no local estão suspensos até que a empresa entregue um plano de contingência.

O show de Gusttavo Lima marcado para o endereço mudou de local. A prefeitura também tem preocupação com quem frequentou o espaço. Entre os artistas que fizeram shows na fazenda está a cantora Ivete Sangalo, em 29 de abril.

O Sudeste concentra a maioria dos casos de febre maculosa do Brasil. Conforme dados do Ministério da Saúde, dos 53 registros, 30 são dessa região, com 17 casos no estado de São Paulo. Até o momento foram oito mortes no Brasil, todas no Sudeste: seis em São Paulo, uma em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro.

 

SINTOMAS

Febre

Dor de cabeça

Dor intensa no corpo

Mal-estar generalizado

Náuseas, diarreia e vômitos

Irritação na pele, geralmente na palma das mãos e planta dos pés

Inflamação em regiões como pescoço, axilas e virilhas

Lesão no local onde o carrapato mordeu

 

Como previnir?

• Use roupas claras, que ajudam a identificar o carrapato escuro

• Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas ou de grama

• Evite andar em locais com grama ou vegetação alta

•  Use repelentes de insetos

• Cheque se você ou seus animais de estimação estão com carrapatos

• Se encontrar um carrapato no corpo, nunca retire com a mão, use uma  pinça

• Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois da remoção, lave a área com álcool ou sabão e água

• Quanto mais rápido a retia dos carrapatos, menor o risco

Coloque as roupas em água fervente

 

SAIBA MAIS

Carrapato-estrela

• Transmite a doença se tiver infectado com a bactéria

• Mais comum em áreas rurais, pode estar em folhas secas e áreas como mata, gramado, pasto e margens de lagoas, córregos e rios

• Capivaras, cavalos, bois e animais silvestres são os principais hospedeiros




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