Ju deu um olé na CBF!

Ju deu um olé na CBF!

A prefeitona dos bairros, Juliana Pavan (PSD), tanto insistiu que conseguiu dar um olé na poderosa Confederação Brasileira de Futebol. A CBF baixou a guarda e concordou em atender pedidos de Juju em relação ao Centro de Desenvolvimento do Futebol, obra que está em construção – e atrasada – no bairro dos Municípios.

Concordou

A CBF entregou no gabinete da prefeita um ofício concordando com a utilização do espaço pela comunidade, em ações sociais. Também disse que é “louvável” a intenção da prefa de discutir o período de cessão do terreno pelo município, de até 100 anos para 25, prorrogáveis por igual período.

Digrátis

O terreno que a prefa de BC cedeu pra construção do Centro de Desenvolvimento do Futebol, no governo do muso das bochechas rosadas, o pop star Fabrício Oliveira (PL), custa a bagatela de R$ 20 milhões. Mesmo assim, foi entregue de graça pros espertões da CBF – uma entidade onde o que não falta é dinheiro.

Não entregaram

Na época, a casa do povo da praia alagada carcou que, já que o prefeito tava fazendo caridade com o chapéu alheio, a CBF tinha prazo de dois anos pra entregar a obra pronta. Só que esse prazo terminou em outubro de 2024 e a construção ainda não terminou. Essa obrigação, aliás, foi uma emenda proposta pela Juju Pavan quando era vereadora.

Não poderá

Com a sinalização da CBF de que topa as contrapartidas sociais, o socadinho escriba apurou que a ordem na prefa foi sebo nas canelas pra colocar isso na lei o mais rápido possível. Além da obrigação da CBF de abrir o campo pro povão, a Confederação também não poderá ceder de forma permanente o local pra um time de futebol.

Sem o EIV

O curioso é que essa baixada de bola da dona CBF rolou depois que a fiscalização do município embargou a obra por irregularidade no alvará. Acontece que o galego Rubens Spernau, quando era secretário de Planejamento, liberou o alvará sem a apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).

Recorreu

Esse assunto, aliás, tá correndo em paralelo à discussão sobre as contrapartidas na prefa da Maravilha do Atlântico. A CBF recorreu, dizendo que fez tudo nos conformes e pedindo que o caso seja reavaliado. Então tá.

Taliano em ação!

O secretário de Obras de Itajaí, Tarcizio Zanelato, conhecido por sua presença constante nos bairros, está literalmente em todos os cantos da city pexêra. Sempre próximo das pessoas e encarando um desafio enorme pela frente, o taliano tem muito trabalho e vai precisar se desdobrar para dar conta do recado. E pelo ritmo que está disposição não falta!

A missão da Flávia

A secretária da Agricultura, Flávia Sehn, já tem um teste de fogo no horizonte: a volta da Festa Nacional do Colono. A tradicional celebração do interior de Itajaí está batendo à porta e todo mundo vai estar de olho no desempenho. O sucesso do evento pode, sem dúvida, consolidar seu nome à frente da pasta. Ou não!

“Ganhar uma guerra é tão desastroso quanto perdê-la” - Agatha Christie

Esporte

Uma das prioridades do prefeito Robson Coelho (PL) tem sido o esporte, setor que foi completamente abandonado nos últimos anos. Ginásios condenados, falta de equipamentos e estruturas deterioradas marcaram a fase anterior. Agora, com o Ginásio Gabriel Collares que passou por uma pequena reforma – sim um paliativo, mas em funcionamento –, os olhares se voltam para os novos projetos.

Vem aí o um novo ginásio

O antigo ginásio Ivo Silveira, na Fazenda, que estava abandonado na antiga gestão, ameaçando despingolar, deverá ser demolido para dar lugar a um novo ginásio poliesportivo, moderno e funcional. Mas o projeto não para por aí…

Parque olímpico em Itajaí?

Atrás da piramidal casa do povo, nas imediações da secretaria de Educação e da OAB, está em fase de articulação a construção de um complexo esportivo de peso. O espaço poderá abrigar quadras, mais um ginásio e até uma piscina olímpica. Qui beleza!

Zéfini

E atenção: a locação das piscinas do sem fraturas Deodato Casas, que gerava um alto custo aos cofres públicos, foi encerrada. Segundo os linguarudos de plantão (arreda raça de infelizes!), o valor pago mensalmente era um caminhão de dinheiro. Esse filme não volta mais!

Correio

O socadinho escriba almoçou, nesta terça-feira, com o presidente da Intersindical, Ernando João Alves Júnior, o Correio, que é diretor na secretaria de Desenvolvimento Econômico de Itajaí. O Correio foi candidato a vereador e ficou na quarta suplência pelo Republicanos nas eleições de 2024.

Pescaria

Entre uma garfada e outra, Correio falou sobre seu trabalho no governo do prefeito Robison Coelho (PL), e tirou uma casquinha pra cima do pançudinho escriba de que sabe pescar e vai enviar as fotos de suas pescarias.

Desemperrou

Ernando também falou de situações que andavam emperradas, como melhorias nos mercados de peixe, a Rádio Costeira que permaneceu em silêncio prejudicando os pescadores em alto mar, entre outras demandas.

Calinho Canela

Correio confidenciou que o projeto novo do Mercado de Peixe está sendo tratado pela secretaria de Governo, e tem um edital travado na Justiça da gestão anterior, e que é meta do prefeito regularizar e modernizar o local. Ernando enalteceu o trabalho do Calinho Canela, que é o gerente e tem trabalhado dando uma cara nova ao local e mantendo um padrão de higiene e limpeza.

Caminhão do Peixe

Correio também falou do programa do Caminhão do Peixe, que foi abandonado no pátio da secretaria das Fundações, que fica atrás do Teatro Municipal, e que se encontra em estado deplorável. O bruto estaria sem o convênio faz dois anos. Cumé que é? Que eu saiba faz mais tempo. Se o bruto tava parado e estava entrando valores pra manter o programa tem que ver isso direitinho...

Só um

O Correio lembra que dos 26 caminhões doados há alguns anos, só um caminhão no norte do país estaria ativo. E que o caminhão da Dubai brasileira teria sido doado pra Minas Gerais. O de Itajaí foi repassado ao município.

É só querer

Mas, o abandono não permite mais o seu uso. Projeto pra buscar um novo que não engloba apenas o veículo, pois o programa é muito mais abrangente, envolvendo outras áreas, fala Ernando, como pescado na merenda escolar entre outras ações. Correio também lembrou de como resolver o programa com o fisco, por conta do caminhão não emitir nota fiscal. É só querer que se resolve, falou.

Pediu pra sair

Com tudo encaminhado, Correio revelou ao JC que pretende oficializar seu pedido de exoneração até o final desta semana, e que já teria conversado com o prefeito Robison Coelho. Confessa que fica difícil trabalhar sem ter uma caneta de decisão, enaltecendo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Gabriela Kelm. Nas suas palavras, competente e interessada.

Do mar

Contudo, Correio diz que aguarda a promessa de campanha feita pelo então candidato a prefeito Robison Coelho, da criação, purexemplo, de uma secretaria do Mar e que aí, sim, poderia avançar muito mais nas demandas do setor. A promessa feita poderia vir numa próxima etapa de reforma administrativa?

Palavra

O presidente da Intersindical, além disso, falou da dificuldade na política, onde tinha sido combinado que o atual presidente da piramidal casa do povo, o entisicado Fernando Pegorini, iria ser candidato a vereador pelo PP e, no final foi para o Partido Liberal. “É importante ter palavra”, fala Ernando. E, por isso, ele foi para o Republicanos, onde apesar da boa votação não se elegeu.

Centro

Outra situação que Correio diz que foi dificultosa no cargo que ocupa no executivo, é que muitos integrantes do governo RR o veem como de esquerda e ele afirma, categoricamente, que não é esquerda e nem direita e sim de centro, lamentando que esse embate não ajuda em nada o município e as pessoas.

Lá em Brasólia

Após o papo com o JC, Correio voou pra Brasólia, onde participa de conversações com relação ao PL 733/2025, que extermina com o trabalhador portuário avulso, e tem se mobilizado junto às federações discutindo com o setor patronal para convergir num acordo nacional.

Não procede

O vereador pexêro Klaus Fischer (PRD), em contato com o JC, afirmou que está satisfeito com suas assessoras na piramidal casa do povo e que não pretende promover mudanças. Enalteceu a Isabela Lopes pela sua competência, profissionalismo e conhecimento, mas que não procede a informação de que iria fazer parte do seu staff no legislativo.

Mudança de rumos?

Nos bastidores políticos da capital manezinha e da Leléia, comentários e análises dão conta de possível mudança de rumos no governo Jorginho Mello (PL) com relação a um possível projeto de privatização ou concessão da Casan à iniciativa privada.

Pentear o cavalo...

Durante o mês de março último, em encontro com empresários, o governador emitiu alguns sinais de que poderiam vir mudanças quanto à empresa estadual de água e saneamento. Ao responder a uma pergunta sobre saneamento, Jorginho usou uma expressão popular regional, típica dele: “Antes de vender um cavalo, a gente tem que dar uma penteada nele.”

Destino

O governador acrescentou, inclusive, que a direção atual havia promovido ajustes internos e que o governo deixou de aportar recursos na companhia, além de estudos sobre o destino da empresa estarem em execução.

Força & luz

Entretanto, do final de março e início de abril para cá, parece ter havido uma puxada no freio de arrumação, como se diz também no popular, em relação a este tema e ainda sobre os questionamentos em torno de possível privatização também da Celesc.

Negar

Diante de reuniões e audiências públicas na Alesc em torno do assunto, promovidas pelos partidos de oposição, leia-se Psol e PT, e com grande participação de sindicatos e servidores públicos da área, a ordem interna no governo é negar qualquer intenção de privatização das empresas.

Munição

A leitura de bastidores é que os temas possam dar munição e combustível à oposição em ano pré-eleitoral junto ao funcionalismo público (que tem ojeriza ao termo privatização), causando eventuais fissuras no projeto de reeleição do governador.

Eleições

Por escrever sobre eleições, vale lembrar que durante a campanha estadual de 2022, Jorginho prometeu que não privatizaria a Casan e a Celesc, mas afirmou que as empresas precisariam apresentar resultados efetivos. A conferir eventuais desdobramentos futuros...

Francisco

Morreu o homem. Francisco, o papa que usava batina, mas pisava na lama do mundo. O argentino que falava italiano com sotaque de parrilla e latim com gosto de empanada. Um jesuíta que não tinha medo de cruzar a linha entre o altar e a trincheira. Amado por quem sente, odiado por quem manda.

Incomodou

Não era santo de vitral, desses que a gente acende vela e esquece. Era mais do tipo que descia do pedestal, tomava chimarrão com o povo e ainda puxava a orelha dos poderosos. Incomodou conservador, bispo de anel pesado, CEO de petrolífera, político fuleiro e até padre influencer. Mas agradou gente comum — e isso, meus amigos, tem peso.

Dos bairros aos becos

Foi o primeiro papa das américas, e isso inclui da Flórida a Floripa. Dos bairros pobres de Buenos Aires aos becos de BC, onde o povo ama Deus, mas também ama uma laje com vista. Em Itajaí, se rezava por bons ventos na pesca – e Francisco rezava junto, de Roma, com o terço numa mão e uma crítica ao aquecimento global na outra.

Peça-chave

Nos bastidores da diplomacia internacional, foi mais que um líder espiritual: foi peça geopolítica. Ajudou a desarmar o gelo entre Cuba e EUA – coisa que nem espião da CIA conseguiu com tanto tato. Denunciou guerras, desafiou lobbies armamentistas e ainda teve coragem de dizer que o mundo precisava de menos muros e mais pontes. Vê se pode?

Mexeu

Na igreja, mexeu onde ninguém queria: no altar da masculinidade clerical. Nomeou mulheres, deu voto pra freira, tirou o “amém” automático da hierarquia. Botou mulher no comando das finanças do Vaticano. Sabe o que é isso? Uma bomba de transformação com fecho de rendas.

Apanhou

E teve mais. Foi atrás dos lobos em pele de pastor. Falou sério sobre abuso sexual, expulsou canalha de batina e lavou a alma de muitos fiéis. Mas apanhou, viu? Da mídia, da cúria, de blogueiro ultracatólico e até de político que se diz defensor da “família tradicional”, mas bate continência pra miliciano.

Encíclica

Soltou a encíclica ‘Laudato Si’ e ali falou de floresta, CO₂, Amazônia e até de Balneário – porque quando o mar sobe, sobe pra todos: pra pescador de Itajaí, pra véio da lancha, pro surfista e até pro padre da missa das 18h. Chamou os ruralistas pra conversa, mas avisou: “se vier com trator, vou com a Bíblia.”

Cruz no peito

Na moral? Esse papa foi militante com a cruz no peito. Falava de inclusão, chamava a comunidade LGBTQIA+ de “filhos de Deus”, acolhia divorciados, abraçava quem o catecismo ainda olha de lado. E isso, meus caros, é reforma mais poderosa que encíclica.

Ficou o terremoto

Morreu o homem. Ficou o terremoto. Agora vai ter conclave, fumaça, especulação e muito lobby disfarçado de oração. Vão querer apagar o fogo com incenso, mas esqueceram que ele deixou carvão aceso. Francisco plantou dúvida onde havia dogma. E isso, para muitos, é heresia. Para outros, é esperança.

Sapatos grandes

Enquanto o mundo assiste, do Vaticano a Camboriú, de Roma a Itajaí, resta a pergunta: o próximo papa vai seguir o evangelho ou o regulamento interno? Seja como for, o argentino deixou os sapatos grandes. E não falo de tamanho, falo de coragem.