SELVAGERIA

“Pensei que fosse morrer”, desabafa drag queen espancada na orla de BC

Vítima veio para Balneário Camboriú curtir a Marcha da Diversidade

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

O administrador de imóveis D.V., de 36 anos, foi a vítima do espancamento  na orla da avenida Atlântica, durante a Marcha da Diversidade de Balneário Camboriú, por volta das 19h de domingo. Há 16 anos D. se traveste de drag queen para encarnar a “Joégua”. Ele foi agredido quando seguia para casa de amigos antes de se apresentar à noite na boate The Grand.

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Denis mora em Curitiba (PR) e esta foi a segunda agressão sofrida na vida. A primeira aconteceu em sua cidade natal. “Aqui na minha cidade, há muito tempo, eu fui agredido. Infelizmente, não foi ...

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Denis mora em Curitiba (PR) e esta foi a segunda agressão sofrida na vida. A primeira aconteceu em sua cidade natal. “Aqui na minha cidade, há muito tempo, eu fui agredido. Infelizmente, não foi um privilégio em BC”, desabafou.

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Ao DIARINHO, D. confirmou que a agressão foi totalmente gratuita. Ele explica que um grupo de quatro homens desceu de um carro e fez uma encenação como se Denis tivesse falado algo para eles que pudesse motivar a agressão. No entanto, ele não dirigiu a palavra ao grupo. “Eles desceram de um carro e já deram um chute em meu peito. Eu caí no asfalto e bati a cabeça, fiquei tonto, no chão, enquanto eles chutavam minha cabeça e faziam esganaduras em meu pescoço”, conta.

Em uma tentativa de justificar a agressão, o grupo alegava que D. tinha chamado alguém de macaco. “Eles falavam como se eu tivesse dito algo para motivar  aquela violência. Gritavam para as pessoas pra pensar que eu havia começado uma briga. Eu apanhando e sem entender nada…”, conta. “Pensei que fosse morrer. Muitas pessoas ali sem entender o que estava acontecendo. Até que umas meninas perceberam que era maldade e mentira deles”, completa.

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D. estava sozinho no momento da agressão porque os amigos ficaram na Marcha e ele seguiu para casa pra descansar, porque à noite faria um show na boate The Grand. Além de registrar a violência em boletim de ocorrência da Polícia Militar, Denis promete levar o caso à Polícia Civil e à  justiça. “Pois poderia não estar mais aqui”, conta, falando que espera que a polícia chegue até os agressores e eles paguem pela violência.

Repúdio

A Associação das Famílias de Pessoas LGBTQIAPN+ - AFAM Diversa e demais entidades organizadoras de BC manifestaram repúdio aos atos de violência que ocorreram ao término da Marcha pela Diversidade.

“Uma drag queen foi alvo de uma covarde agressão. É com profunda indignação que repudiamos a violência contra uma artista da região. Trata-se de uma clara demonstração de homofobia, direcionada a todos os participantes desse evento. Ressaltamos que a Marcha pela Diversidade foi concebida como um espaço de expressão pacífica, respeitosa e inclusiva, onde se valoriza e celebra todas as formas de diversidade. O objetivo fundamental desta é promover a compreensão e o respeito mútuo, e repudiar qualquer forma de discriminação”, disse a nota da associação.

A AFAM Diversa já encaminhou os vídeos das agressões às autoridades de segurança pública, para que identifiquem e responsabilizem os agressores. A associação também está prestando apoio à vítima, tanto no âmbito médico quanto jurídico.

“Este triste episódio reforça a necessidade contínua de manifestações como a Marcha pela Diversidade, que têm como propósito combater o preconceito e a homofobia, promovendo a inclusão e a aceitação de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou expressão. A luta contra a discriminação é constante e essencial para evitar que casos como este ocorram. A AFAM Diversa permanecerá engajada nessa batalha em prol de uma sociedade mais igualitária e respeitosa”, disse a associação.




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